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Aconteceu na noite do dia 13 de dezembro de 2.010, a partir das 19 horas o tão esperado , pelo menos de minha parte, coquetel de lançameto de meu primeiro livro "Casa Nua", de contos, crônicas e poemas com a temática "casa". Estiveram parentes, amigos de diversos segmantos pretigiando a noite de autógrafos. Participaram as atrizes Andrea Wanger e Cecícila Scanhoela, acda uma leu um conto para instigar o público. Por ali passram mais de cinquenta convidados na noite e mais da metade dos livros expostos foram vendidos. Agradeço a todos pela presença que já foi um grande presente de natal. O evento aconteceu com todo apoio, gentileza e estrutura da Livraria Cultura e da responsável pelos eventos, Flavia Guimarães.
As fotos do evento são de Luiz Andreguetto.
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Prefácio de "Casa Nua"
“A cosmogonia compartilhada”
Hoje em dia tudo pode ser poesia – e deve, pois a poesia sempre será a arte que abarca tudo por excelência. Escrever poesia, no entanto, pode ser diferente, porque não implica apenas sentir a poesia de tudo, ou ser poeta no sentido de viver a poesia (como muitos o fazem, sem escrever). O ato da escrita pressupõe uma atitude, não só um ofício, mas uma ação e posição que – aí sim – lida com percepção e sentimento individuais para conseguir ser expressão compartilhada. Falo então de escrever poesia em qualquer formato: verso, prosa, prosa-poética, etc.
Em “Casa Nua” é possível encontrar a ação do escritor Cesar Póvero (que também é dramaturgo e ator) através de duas linhas de força poéticas básicas. Primeiro, a escolha do tema, “casa”, que se encaixa perfeitamente no caráter simbólico de seu texto – uma vez que a poesia, aqui, resignifica esta “construção” grande, forte e singular por natureza, mas que guarda uma solidão enorme se não habitada. Como a vida, a escrita aqui se faz desta experiência entre o ser que preenche o mundo e o espaço que constrói este ser – ambos se representando.
Neste tipo de espelho mais belo, Cesar Póvero sabe dispor a temática de forma especial, ou seja, extremamente humana, universal e simples: “nua”. A segunda chave de sua leitura, o apelo ao ser e ao seu corpo singular, é a porta única, estranha e linda que a nudez da casa revela e pela qual é possível entrar, como se a totalidade do ser se desse, novamente, pelo que ele é primeiro, e pelo que sempre será...
Ao longo de seu livro, Cesar escreveu a poesia em imagens particulares que, devido ao seu tato artístico, expressa e comunica a literatura necessária sempre em qualquer época e a todos – posto que abre possíveis terras (casa) a serem habitadas plenamente (nua) pelo ser vivo e eterno.
Marcelo Beso
(escritor e mestrando em Letras pela Unicamp)